Pode ser constrangedor usar um banheiro perto de muita gente, como em uma casa cheia ou em um restaurante lotado. Mas algumas pessoas têm tanta retração na hora de fazer isso que só conseguem usar o banheiro em algumas situações específicas – normalmente quando estão sozinhas em casa. Essa fobia tem nome: é a pararuse, também chamada de bexiga tímida.
O que preocupa as pessoas com esse transtorno é o medo dos julgamentos que as outras pessoas vão fazer ouvindo o barulho que sai do banheiro. O receio é que elas as considerem estranhas, inferiores ou não masculinas, no caso dos homens. Pessoas do sexo masculino são mais afetadas pela fobia, mas ela também existe em mulheres e até em crianças.
Alguns dos paruréticos encontram técnicas para conseguir fazer xixi – ou não ter vontade de fazer – com outras pessoas nas proximidades, como não beber nenhum líquido se houver apenas banheiro público no local e fazer barulho com a descarga ou torneira enquanto estiver urinando.
Metades das pessoas que precisam de privacidade máxima para urinar tiveram o início da fobia depois de sofrer com traumas ou situações estressantes, sofrendo bullying ou sendo pressionados pelos pais, por exemplo. Isso cria um ciclo de medo que não deixa mais a pessoa livre, fazendo com que a bexiga se contraia e não permita que ela faça xixi normalmente. Um fato interessante é que quem tem fobia de urinar em público, normalmente consegue fazer o número 2 (que a maioria das pessoas sem a fobia evita ao máximo).
Muitos paruréticos sofrem em silêncio em não poder urinar como as outras pessoas. Mas a fobia é um transtorno psicológico que tem tratamento. 80% a 90% dos doentes podem ficar consideravelmente melhores através de terapias cognitivo-comportamentais. A International Paruresis Association (Associação Internacional de Parurese) foi fundada há 15 anos e reúne e auxilia pessoas que sofrem com a fobia. De acordo com o site da associação, 17 milhões de pessoas devem sofrer do transtorno.
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